De uma forma geral e de quase todos os poetas há meia dúzia ou até uma dezena de poemas a que se recorre frequentemente para falar do autor. De Eugénio de Andrade, cuja poesia conheço razoavelmente, poderia até referir os títulos que são, na sua maioria, dos primeiros livros.
E não é que os considere menores, mas eu tenho uma particular predilecção por um outro, pequeno poema que apareceu em Mar de Setembro (1961) e que veio a ter algumas alterações do Poeta, no tempo posterior. Chama-se Quase nada e sendo breve, mas denso, tem uma radiação infinita e poderosa de sugestões.
Aqui fica, lembrando:
Passo e amo e ardo.
Água? Brisa? Luz?
Não sei. E tenho pressa:
levo comigo uma criança
que nunca viu o mar.
Tem razão: É denso mas com diversas sugestões para a sua interpretação.
ResponderEliminarNunca o tinha lido.
ResponderEliminarNo mínimo, pode ter duas leituras: a linear, muito bonita e sugestiva; a outra mais profunda e rica.
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