O passado é um tempo em que tudo parece estar no seu lugar. Arrumado na sua razão e pela sua utilidade. Penso isso, ao contrário do que escreveu o romancista inglês L. P. Hartley (1895-1972) no início da sua obra "The Go-Between" (1953): The past is a foreign country; they do things differently there.
Apercebi-me que o Fanca perdera a compostura e a segurança habituais, quando teve a informação. Perguntou-me, quando soube que eu me aboletara 3 dias por lá, titubeante, em voz baixa: e trataram-te bem? Para o sossegar, eu disse-lhe que sim, mas omiti o muito visível alzheimer do visconde, seu tio avô, que nos apareceu em pijama e robe, ao cimo das escadas de pedra exteriores do palacete, quando chegámos, e o descuido visível da senhora viscondessa com o lixo e pó interior das dependências. O turismo local da casa apalaçada deixava muito a desejar. A começar pelas torneiras, gotejantes ou perras...
A natureza, naturalmente, cuidara dos jardins, com alguma visível assimetria selvagem, mas acabei por me esquecer de referir, ao Francisco José, o aviário pequeno do jardim da frente, bem como as rolinhas diamante que me tinham enternecido, para sempre. O que, em parte, tudo desculpou das atribulações passadas...
Belo texto. Bom dia!
ResponderEliminarMuito obrigado.
EliminarBom dia.