Até pode ser por mau feitio (penitencio-me, se for o caso), mas quase sempre pensei que somos excessivos a dizer ou explicar as coisas, e trengos muitas vezes. Falar é connosco. A síntese é raramente usada.
Hoje de manhã, ia perdendo a paciência nos atendimentos. Nos CTT, um mentecapto dos seus 18 anos enganou-se pelo menos 2 vezes a preencher um simples impresso de registo, ao balcão. E a gente que espere na fila! Pouco depois, na farmácia local, a atendente barroca, fez-me inúmeras perguntas desnecessárias. À última pergunta pernóstica, respondi-lhe, perante a alternativa para eu optar, e tentando dominar a impaciência e demora para me vir embora: É igual ao litro!...
Tive um professor de História da Antiguidade Clássica que quase não recomendava livros de autores franceses precisamente porque dizia que os anglo-saxónicos eram mais concisos e directos. Será que é verdade? Na altura pareceu-me que ele tinha razão e hoje acho que os portugueses receberam essa influência (barroca?) de França. Também outro dia numa farmácia queriam que eu escolhesse entre dois medicamentos com a mesma composição e o mesmo preço. Bom dia!
ResponderEliminarEu creio que há uma certa razão no conselho do seu Professor...
EliminarE não há dúvida que, de um modo geral, somos demasiado prolixos. Ora, quando há pressa, nos atendimentos "morosos", isso torna-se insuportável para o utente.
Bom dia.