Não são muito abundantes os elementos biográficos ou dados críticos sobre o poeta José Maria da Costa e Silva (1788-1854), que foi também tradutor e historiador de literatura. Óscar Lopes dedica-lhe apenas duas entradas mínimas na sua obra maior, apesar do escritor ter uma bibliografia extensa, como aliás Inocêncio refere nos volumes V (pgs. 25, 450), VII (120) e XIII (90) do seu Dicionário.
Se a tradução, em 1850, de Os Argonautas, de Apolónio de Rodes, foi bem recebida pelos seus leitores, o poema O Passeio, cuja segunda edição, aumentada, saiu em 1844, foi elogiado por José Agostinho de Macedo e Almeida Garrett. Dono de uma importante biblioteca, que contava cerca de 16.000 livros, sobretudo de poesia, Costa e Silva dedicou-se, já nos últimos anos de vida, à escrita do Ensaio Biographico-Critico sobre os Melhores Poetas Portuguezes ( 1850/9).
Obra monumental em 10 volumes (os 2 últimos livros são já póstumos) que, apesar de algumas inexactidões, lhe grangearam fama e prestígio, no final da vida. Consta de uma análise por escolas literárias, cronológica, e da recensão interpretativa dos vários poetas portugueses, com transcrições de muitas poesias. Este notável trabalho merecia ser mais bem conhecido. E lido...
Desconhecia o poeta em questão; o que não é de admirar, pois a ignorância é muita...:)
ResponderEliminarMuito curioso o apontamento/informação com que nos brindou! O que me leva a pensar que José Maria da Costa e Silva só podia ser uma pessoa com uma elevada cultura.
Boa tarde!
Realmente, o prefácio da 2ª edição de "O Passeio" permite supor que, para além do conhecimento das línguas clássicas, Costa e Silva dominava também o alemão, francês e o italiano. E pelas citações, que faz, era um homem bastante culto.
EliminarUma boa noite.
Desconheço autor e obras. Obrigada!
ResponderEliminarBoa tarde!
Foi um gosto dá-lo a conhecer, até porque merece.
EliminarBoa noite.