Pequenos em território, nós portugueses, ainda nos damos ao luxo de variar em palavras, sobre os nomes das coisas, em diferentes regiões. Os magnórios (ou magnólios), assim chamados no Minho, chegam ao Sul e passam a ser denominados por nêsperas que, no Norte, são um pequeno fruto escuro e dissaborido, de massa interna farinhenta... Para não falar das tijelinhas nortenhas a que os sulistas chamam pastéis de Belém ou de nata, ainda que quase mesmos ou iguais.
Entretanto as cadelinhas lisboetas, a que os algarvios chamam conquilhas, por outras paragens são conhecidas por lambujinhas e, ao bivalve, os setubalenses alteram o nome para lamejinhas, se calhar mais a seu gosto. Ora, os algarvios, normalmente, primam e esmeram-se na sua chamada sopa (ou canja) de conquilhas, que o Conde de (Schaumburg-) Lippe (1724-1777) apreciava, soberanamente. De tal modo que também a apelidam, segundo José Quitério, de Condelipas, ou sopa de lipes, imagine-se!...
Bom dia
ResponderEliminarE as cruzetas, sertãs e aloquetes, respectivamente cabides,frigideiras e cadeados?
Mas a melhor destas diferenças é o cimbalino!
É realmente um mundo que nunca mais acaba..:-)
EliminarBom dia!
O conde de Lippe é que não era nada de jeito. Mas tinha bom gosto que a sopa tem bom ar e há-de ser saborosa.
ResponderEliminarBom, pelo menos, reorganizou, e bem, o Exército português da altura.
EliminarNão me lembrava dessa designação de «sopa de lipes». Mas já soube porque li o Quitério mais de uma vez.
ResponderEliminarEu devia fazer uma cópia de segurança da minha memória - ontem foi o Dia Internacional do backup. :)
Bom sábado!
Eu acredito que as nossas memórias são quase sempre selectivas: guardamos, automaticamente, aquilo que nos é mais necessário e importante. O resto, passa...
EliminarBom Domingo!