Obra tamanha foi esta, a que Camilo Castelo Branco (1825-1890) nos deixou, dos seus laboriosos anos de escrita. Quem primeiro ousou balancear números, terá sido Fialho de Almeida, seu confrade e amigo, que se atreveu a atribuir-lhe 180 livros, num total de 54.000 páginas impressas.
Em anos mais recentes (1980), Alexandre Cabral foi mais longe e mais minucioso ao avançar:
- 30.000 páginas correspondentes a 133 títulos, referentes a primeiras edições.
- 2.000 páginas das polémicas.
- 2.600 páginas de escritos diversos e avulsos, reunidos por Júlio Costa Dias em 5 volumes.
- 5.569 páginas traduzidas para português, em 14 títulos de autores estrangeiros.
- 15.000 páginas de correspondência.
Ora, e com isto tudo, nos seus cerca de 40 anos de labor literário, segundo Alexandre Cabral, Camilo terá escrito, em média, quatro páginas por dia, sem qualquer intervalo de férias ou dias santos...
Ora, e com isto tudo, nos seus cerca de 40 anos de labor literário, segundo Alexandre Cabral, Camilo terá escrito, em média, quatro páginas por dia, sem qualquer intervalo de férias ou dias santos...
É obra!
Admiro-o solenemente.
ResponderEliminarEu vou-o relendo, de vez em quando...
EliminarAlexandre Cabral, de que se celebra este ano o centenário do nascimento, foi um trabalhador incansável. E sobre Camilo poucos saberiam mais do que ele.
ResponderEliminarSem dúvida. Uma espécie de Gomes de Amorim (em relação a Garrett), mas com mais sentido crítico...
Eliminar