Foram ontem pateadas no primeiro baile de máscaras no salão da Trindade as cancanistas francesas. Não sabem dançar e doiram esta respeitável ignorância com uma fealdade que lhes guarda a virtude com a hostilidade da ponta de um sabre posto à cara de quem olha para elas.
Ramalho Ortigão, in Correio de Hoje, tomo I (pg. 70).
Bem escrito. A ser verdade, que decepção a dos senhores doutores fulanos de tal que aprestavam o olho às dançarinas. Ou, por ser baile de Carnaval, as dançarinas eram do género masculino. Agradam-me ambas.
ResponderEliminarÉ, realmente, uma escrita musculada.
EliminarTudo vai de modas: Eça, falava das espanholas, mas há muitas referências também a cantoras italianas, na nossa literatura...
Ou seria o reacionarismo de Ramalho? Não era muito dado à novidade. E as dançarinas eram francesas mas aos olhos do autor deveriam ser uma espécie das 'espanholas' de então.
ResponderEliminarO cancan, dança de cabaré, deve ter deixado Lisboa de queixo caído e olhos arregalados. :)
Bom dia!
É possível...
EliminarMas, isto para quem não tinha dinheiro para ir a Paris, terá sido um razoável prémio de consolação.
Bom fim-de-semana!
gosto imenso de Ramalho Ortigão. Bom dia!
ResponderEliminarBoa tarde!..:-)
EliminarBom dia!
ResponderEliminarDevia ser um sub-produto de can can!!!!! :-) Pelo menos hoje em dia são giras, o Sr. Ramalho Ortigão teve azar!
Eram pelo menos de exportação...
EliminarBoa semana!