Numa noite especialmente importante em termos de notícias, procurei saber o que os europeus pensavam de nós e, sobretudo, os alemães. No entanto, ocorreu-me que a Bélgica, sem governo há meses, aparece pouco nas notícias, sem justificação aparente. E já agora, quem levará o PEC belga ao próximo Conselho ? O seu presidente/residente na capital belga depois de sair de um "país da tanga" ?
Voltando ao essencial, entrei nas páginas de uma estação televisiva alemã - em epígrafe - que, prosaicamente, poderia ser uma "visão diária" sobre o Mundo se evitasse erros de palmatória.
Encontrei a notícia sobre a demissão do Primeiro Ministro de Portugal, remetendo para um "link" (Atlas Mundial) que guardava os disparates dos "outros" sobre "nós". Lembrei-me, de imediato, e sem me gabar de memória prodigiosa, que uma estação televisiva concorrente, a ZDF, incluíra, no passado remoto, Portugal na Espanha, como província ? Não sei que dizer. Crime de lesa-pátria não observado no mapa apresentado hoje pela Tagesschau.de
Ora, o referido atlas remete para informações sobre o respectivo país, citando como fonte o MNE alemão. Verifiquei que a Tagesschau copia, e mal, alguns dados, acerscentando outros, colocando-se, de forma imperdoável, em bicos-de-pé ao pretender traduzir "ao jeito da Google".
Assim temos:
1 - Republik (em alemão) passa para "Repblica Portuguesa", certamente para um insensível em termos linguísticos;
2 - o Feriado Nacional é dedicado a CAMES (!), facto que me fez saltar da cadeira para procurar uma edição de bolso, barata e acessível, já em 1879, da editora Reclam, dedicada ao poeta Camões;
3 - na tradução da sigla do partido CDU, o jornalista confundiu coligação com coligao (terá comprado antes um bolicão ?).
Honra seja feita, a redacção da Tagesschau, embora sublinhando que Portugal é o "país mais pobre de Europa Ocidental", reconhece a sua independência desde o século XII.
Não descansava devidamente se não enviasse, à redacção da Tagesschau, os melhores cumprimentos do país mais pobre, rectificando-lhes os erros crassos acima mencionados, em nome de uma Europa cultural e de virtudes humanísticos, com a autoridade que a vivência me tem ensinado.
Post de HMJ