quarta-feira, 30 de março de 2011

A massificação e a preguiça


Nunca será demais lembrar Angelo de Sousa, e faço-o, uma vez mais com respeito e estima, reproduzindo, pela 2ª vez, uma obra sua. Vou explicar porquê.

De ontem a esta parte, cerca de 1/4 das visitas ao Arpose dirigiram-se a um poste de 16 de Fevereiro, intitulado "Esquerda e direita - a memória" que tinha, em imagem, uma obra de Angelo de Sousa, em cores vermelha e azul. Na minha intenção, o azul seria a direita, e o vermelho representaria a ideologia de esquerda. Estranhei tanta visita ao mesmo poste. Eles vinham de Lisboa, imensos do Porto, de Inglaterra, de França, de Espanha, até de Riga e da Alemanha. Pensei cá para comigo: há um súbito interesse (louvável, aliás) pela política portuguesa. Cedo me desenganei. Como Angelo de Sousa tinha falecido, grande parte das visitas vinha sugar a imagem de uma obra do Pintor, para usá-la, se calhar, noutros blogues. Que tristeza.

À guisa de alternativa e para variar esta massificação preguiçosa sugiro que, para ilustrar algum eventual epicédio, comprem ou consultem: da IN-CM, colecção arte e artistas, a monografia "Angelo de Sousa" feita por Bernardo Pinto de Almeida (1985), que não está esgotada. Mas há muito mais bibliografia sobre Angelo de Sousa. É preciso é trabalhar a procurá-la. Façam exercício, que faz bem ao corpo e à cabeça - a net não é tudo: é até muito pouco...

5 comentários:

  1. A capa desse livro tem um belo quadro de A. de S. Hoje quis colocar esse livro, mas a reprodução que encontrei na net é péssima.

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  2. Quando as pessoas naõ têm um digitalizador à mão... :)

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  3. É realmente um belo quadro que também estive para usar, MR.
    O que me preocupa, no meio das questões que abordei no texto do poste, é este seguidismo "acarneirado" em que, grande parte das pessoas, prescinde de fazer uma escolha pessoal ou de gosto. Talvez porque dá trabalho procurar...

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  4. A net e a sua facilidade (ou será facilitismo?). Gostei do azul e do vermelho. Ai ai de quem hoje em dia vira uma capa de um livro e começa a desfolhar as suas páginas, é olhado de lado qual ser raro. Se a mim foram os pesos que me estragaram a cervical, só pelo que vi hoje no comboio, eles vão nascer todos com a cervical dobrada a meio, para olharem para os aparelhómetros que têm!
    Boa tarde!

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    1. Hoje mesmo dizia-me o meu Dentista que trabalha, normalmente, de pé para evitar dar cabo da coluna..:-)
      Apesar de tudo, ainda se vai lendo nos transportes públicos, quase sempre pessoas de meia idade, que os jovens, é só passar o dedo pela maquineta e ver imagens e mensagens (?) curtas que os fazem sorrir. O fechamento ao mundo real é cada vez maior...
      Um bom fim de tarde!

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