Da releitura em vez de leitura, diria eu melhor, mas depois de iniciar o livrinho de Helder Godinho, apeteceu-me foi revisitar o romancista pensador. Peguei assim, de seu concreto, na Conta-Corrente 1 (1969-1976) e já vou, gostosamente, na página 98. Talvez porque a maneira de ser dos povos sempre me interessou, destaco, transcrevendo:
"Regressados da Grécia. Da Grécia actual, nada visto. Só entrevisto. Terra agreste, montanhosa, apenas verdura no Peloponeso. Não vi um curso de água. Fizemos três viagens «turísticas»: a Delfos, à Argólida e uma por mar, às ilhas Egina e Hidra. Grandes espaços desabitados, uma ou outra pessoa de longe em longe pelos campos. Aspecto miserável. O Grego lembra o Português: pequeno, aspecto sujo, aldrabão. Fui logo vigarizado, assim que cheguei, por um motorista." (pg. 94)
Deve estar divertido com a má-língua do Vergílio Ferreira que não gostava de viajar...
ResponderEliminarImagino o que seria a Grécia nesses anos de 1969 a 1976... Fui lá nos anos 90. Até gostei dos gregos, mas eles reúnem (ou reuniam) os defeitos dos portugueses, dos espanhóis e dos italianos, o que dá uma mistura explosiva. Mas eu gostei imenso deles.
Aeroporto de Lisboa, anos 10 e 20 do século XXI: quantos turistas (e não só) se queixam dos taxistas? Até estes melhoraram.
Bom domingo!
Realmente, MR, o Helder Godinho é um pouco tedioso...
EliminarGregos nativos não os conheci "in loco", apenas na Servais Werke, em Witterschlick, no início dos anos 60, e eram trabalhadores migrantes que trabalhavam que se desunhavam...
Eu creio que os sul europeus, de uma forma geral, se assemelham.
É verdade, MR, estou a deliciar-me com esta coscuvilhice nobre de VF.
Retribuo, afectuosamente, os votos de Domingo.
Bem me parecia que HG não ia fugir ao seu registo. Infelizmente!
EliminarBoa semana!
Nem todos têm "angel", como dizia Lorca...
EliminarBoa tarde.