Hoje, que vou jantar, à sobremesa, um diospiro, de tarde andei a folhear, relendo, O Sal da Língua (1995), que é um bom livro de Eugénio de Andrade (1923-2005) para se ler nesta estação (Se deste outono uma folha,/ apenas uma, se desprendesse...). Mas os espíritos vão ligeiros, com este calorzinho brando que sobe pela tarde e nos pode ainda deixar amodorrados, até chegar a noite fresca. Virão a despropósito, hoje, que aqui queria exarar uns versos, mas aqui as deixo. A duas quadras populares, de que gostei, e que respiguei de um outro livro mais simplório nos seus propósitos:
Entre pedras e pedrinhas
nascem folhinhas de salsa;
mais vale uma feia e firme
do que uma bonita e falsa.
Manuel cachinho d'uvas,
apanhado na parreira,
não sei se te coma agora,
se te guarde para a ceia.
Gostei das quadras. Resto de bom Domingo!
ResponderEliminarMuito obrigado, Margarida - retribuo!
ResponderEliminarNunca tal título do Eugénio me passou pelos olhos.
EliminarMas " SE DESTE OUTONO... " conheço muito bem.
Votos de boa semana.
Creio que terá sido o penúltimo título do Poeta, editado em 1995 pela Fundação Eugénio de Andrade.
EliminarRetribuo, cordialmente.
Bem giras estas quadras populares.
ResponderEliminarBoa semana!
Estamos de acordo..:-)
EliminarObrigado. Igualmente.
Mas de quem são as duas bonitas quadras?
ResponderEliminar~CC~
Como grande parte das quadras populares, estas 2 são de autor desconhecido.
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