sábado, 14 de novembro de 2020

Memorabília (7)



Será talvez muito difícil encontrar uma maior inadequação entre um produto e uma imagem aplicada. Ou até mesmo descortinar uma causa lógica para a escolha figurativa destes rótulos de bebidas portuguesas, da primeira metade do século XX.



Será que o poeta Guerra Junqueiro (1850-1923) era um amante de vinho moscatel? Ou a proximidade entre Favaios e Freixo de Espada à Cinta justificaria e desculpava, para os produtores, o uso da imagem barbuda do vate, e o seu patrocínio?

12 comentários:

  1. São giríssimos.
    Talvez Junqueiro tivesse uvas moscatel na Quinta da Barroca. :)
    Bom sábado!

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  2. Há latas de bolachas com rótulos de Garrett, Manuel Fernandes Tomás e outros.
    Hoje não há noção de quanto Junqueiro era popular e recitado por analfabetos.
    Bom domingo!

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    1. Provavelmente, o funeral de Junqueiro terá tido tantos acompanhantes, em proporção, como o de Cunhal, nos nossos dias. Eram, no fundo, figuras populares ou queridas.
      O aproveitamento comercial explica-se talvez desta forma.
      Retribuo, cordialmente.

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  3. Parece que a Companhia Vinícola Portuguesa também gostava de Júlio Dinis.
    https://1.bp.blogspot.com/-7DOVy8FQQFU/XeTLSzvFd_I/AAAAAAAALG8/4un4NkFNFyomm9iiMPrKc6ilke7KEJDMwCLcBGAsYHQ/s1600/image10.3.jpg

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    1. Muito agradeço a sua achega que veio enriquecer este poste.
      Saudações cordiais.

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  4. Hum, um Moscatel Especial será sempre bem vindo :)
    Para o Guerra Junqueiro o ilustrar devia ser bom, de certeza :)
    Um brinde ao Guerra Junqueiro
    Boa tarde

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    1. Só fiquei na dúvida se este Moscatel Especial não seria o Roxo ou até mesmo o Torna Viagem, sendo que este último até merecia a imagem de Camões!..:-)
      Uma boa noite.

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