terça-feira, 14 de junho de 2022

A falta de rigor das generalizações ou o risco das opiniões ligeiras



Numa recensão ao livro Meia vida, de V. S. Naipaul (1932-2018), o escritor sul-africano J. M. Coetzee (1940) refere, entre outros aspectos:
"A Índia de Naipaul é abstrata, e a sua Londres, um rascunho, mas a Moçambique que ele nos descreve é apresentada de maneira convincente. A Moçambique dos tempos coloniais não produziu escritor nenhum de alguma estatura. O escritor moçambicano mais conhecido dos dias de hoje, Mia Couto, pertence à geração pós-independência, e de qualquer maneira é influenciado demais pela voga do realismo mágico para merecer confiança como cronista do passado do seu país."
A generalização parece-me abusiva e, para contraditá-la, socorro-me de um nome: José Craveirinha (1922-2003). Mas poderia citar ainda Eugénio Lisboa (1930), Rui Knopfli (1932-1997), Alberto Lacerda (1928-2007)...

4 comentários:

  1. Será que J. M. Coetzee lê português?
    Boa tarde!

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    1. Tenho dúvidas...
      Embora Mia Couto esteja traduzido em inglês.
      Boa tarde.

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    2. Pois, por isso ele só fala de Mia Couto...
      O Alberto Lacerda também tem algumas 'coisa' editada em inglês.
      Bom dia!

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  2. É verdade.
    AL tem pelo menos 1 livro de poesia em inglês.
    Bom feriado!

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