Imagem enganadora
Como é meu costume, aviso, antecipadamente, os eventuais leitores sobre as opções estéticas, éticas e culturais das minhas contribuições neste espaço de liberdade de expressão.
Com efeito, nunca apreciei BD = Banda Desenhada, porque nunca me encantei com aquelas bolinhas e frases mínimas. Embora também não gostando, de todo, dos discursos prolixos, ficaria, certamente, no meio termo. Ou seja, nem de menos, nem de mais.
Ora, o que aprendi sobre uma boa elaboração objectiva de um trabalho com pensamento estruturado, devo-o, sem sombra de dúvida, ao mestre Padre António Vieira. Sublinha-se que o fundo religioso da construção dos seus discursos é mero acidente de percurso da perfeição retórica.
Regressando, passado de um tempo ameno, arejado e de dedicação quase exclusiva aos residentes, aos espaços nobres da Capital, ou seja, à zona do Chiado, constata-se o regresso a uma opção miserável de cidade e com medo de, no futuro, apenas nos cruzarmos com forasteiros aculturados, incivilizados e burgessos. Nunca gostei de "Minnies" e cada vez gosto menos, sobretudo, quando ocupam de forma imprópria os espaços. Não me dizem nada, apenas ocupam o meu espaço.
Contrariamente à pose do Senhor Presidente da Câmara de Lisboa, embora querendo pôr-se em bicos de pés relativamente a um assunto de âmbito mais vasto, convinha que começasse a tomar contar daquilo que é do seu alcance e âmbito, ou seja, devolver, como diz, a cidade aos seus residentes.
A zona do Chiado voltou a ser espaço das Minnie Mouse, cheio de forasteiros, chungarias diversas, e os sem abrigo com falta do essencial para mudarem a vida,
Será que o final da vida dos residentes é cruzarem-se permanentemente com MINNIES, que nada lhes dizem, NEM nada ACRESCENTAM, trotinetes espalhadas, música pimba aos molhos, e com um Presidente de uma Câmara Municipal a assobiar para lado ? Até quando ?
Post de HMJ