Até finais dos anos 70 do século passado, e por razões académicas, mantive-me relativamente actualizado sobre a figura e obra do poeta e romancista norte-americano John Updike (1932-2009). Depois, o acompanhamento foi bastante mais bissexto. Mas uma recente recensão, no TLS (nº 5802), sobre a saída de uma biografia do escritor (Updike, de Adam Begley), permitiu que eu actualizasse alguns dados e fosse em busca de outros. Deparei-me, por exemplo, com a sua escolha pessoal dos 5 melhores romances de Amor, da literatura mundial, que veio a ser incluida no volume Due Considerations: essays and criticism (2007). Por ordem cronológica, a escolha de Updike é a seguinte:
1. La Princesse de Clèves (1678), de Madame de La Fayette.
2. Les Liaisons Dangereuses (1782), de Choderlos de Laclos.
3. The Scarlet Letter (1850), de Nathaniel Hawthorne.
4. Madame Bovary (1856), de Gustave Flaubert.
5. Loving (1945), de Henry Green.
Tentei fazer o mesmo exercício, mas pessoal e apenas em relação a obras portuguesas. De momento, e pese embora algum lapso de memória, só consegui seleccionar três:
1. As Cartas Portuguesas (Les Lettres Portugaises, Paris, 1662), atribuidas a Mariana Alcoforado, mas mais provavelmente da autoria de Gabriel de Guillaragues.
2. Amor de Perdição (1862), de Camilo Castelo Branco.
3. O Primo Basílio (1878) ou Os Maias, de Eça de Queiroz.
P. S. : Por oportuna sugestão de HMJ, que apoio, junta-se uma 4ª escolha portuguesa - Menina e Moça ( 1554), de Bernardim Ribeiro.