sábado, 15 de junho de 2024

Derek Mahon (1939-2020)




Leaves 

Prisioneiros da escolha infinita
construíram sua casa 
no campo entre o bosque
e estão em paz.

É outono e as folhas mortas
no seu caminho para o rio
batem às janelas como aves
ou deslizam suaves pela estrada.

Há algures um depois da vida
de folhas mortas, um espaço 
de um infinito sussurrante
que suspira.

Algures nos céus
dos perdidos futuros
as vidas que levamos decerto
hão-de encontrar sua própria razão.

6 comentários:

  1. Um poema bem bonito!
    Mérito da tradução?
    Um excelente fim-de-semana!

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    1. Dei-lhe um jeito pessoal, mas o mérito é do norte-irlandês Mahon.
      Retribuo os votos, cordialmente.

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    1. Com amplo sentido, de que eu gosto particularmente.
      Boa tarde.

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  3. Obrigada por nos dar a conhecer este «Leaves». E Derek Mahon que eu não conhecia.
    Bom fim de semana!

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    1. Creio que ainda não terá sido traduzido para português.
      Retribuo, cordialmente.

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