quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Bibliofilia 210


Creio que nunca comprei um livro com a intenção de que se viesse a valorizar, muito embora tivesse reservado, em livrarias de proximidade, antecipadamente, algumas das últimas obras de Herberto Helder, por causa da especulação que se fazia à volta dos seus títulos, sobretudo por parte de alguns livreiros e alfarrabistas mais oportunistas. 



O livro mais caro que paguei (em leilão) foi A Diana, de Jorge de Montemor (1520?-1561), impressa, em Lisboa, por Pedro Craesbeek, no ano de 1624. O exemplar foi adquirido numa almoeda de José Manuel Rodrigues, em Abril de 1998. 



Em valor, o meu segundo livro mais caro terá sido uma edição de 1614 de As Obras..., de Sá de Miranda, e que, provavelmente, teria pertencido ao bibliófilo e estudioso, professor universitário, J. V. Pina Martins. O livro foi-me atribuído, em leilão dos Silva's/ Pedro Azevedo, no ano de 1993.



Em terceira posição, quanto ao preço de compra, situa-se um exemplar da edição original, impressa em Roma no ano de 1664, das Cartas Familiares... , de D. Francisco Manuel de Melo, adquirido a 15/5/1997, por Esc. 53.616$oo, no leilão nº 49 de José Manuel Rodrigues. É edição muito rara, embora a centésima carta da quinta centúria tenha sido fotocopiada. Os exemplares íntegros são escassos por rasura, no tempo, da Inquisição que, também frequentemente, rasgava as 5 páginas do texto dessa carta.

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