Da Póvoa de Varzim guardo o compromisso das palavras entre os homens, em seus múltiplos sentidos. Das casas (ruas Santos Minho, 31 de Janeiro, Luís de Camões) que, de ano para ano, ficavam apalavradas com os senhorios poveiros, bastando em Maio ou Junho ajustar a mensalidade; do banheiro (Mouco ou Da Hora) que respeitava o sector (30 ou 31) e a posição da barraca do banhista, escrupulosamente. A relação era sempre de mútua confiança.
E é rematando assim que dou conta dos últimos onze regionalismos poveiros, que escolhi da obra de José de Azevedo (1935) e que venho seguindo, por ordem alfabética.
1. Ugar - chegar a tempo.
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1. Vasculho - rameira; mulher de má vida.
2. Vergalho - pessoa de má fama; ordinária.
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1. Xaringar ou Xeringar - aborrecer; criar problemas; incomodar.
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1. Zambrene - gabardina.
2. Zangarelha - resmungão; que incomoda toda a gente pelo seu mau feitio.
3. Zarro - muito fraco; trôpego; velho cansado.
4. Zieiro - vento gélido.
5. Zôcha - pião achatado, muito usado nos jogos dos rapazes.
6. Zoina - marota; atrevida.
7. Zueira - pessoa que ouve mal e embirra com tudo.
Gostei muito. Bom dia!
ResponderEliminarObrigado, Margarida.
EliminarBom dia!
Mais uma vez, não conheço nenhuma destas palavras.
ResponderEliminarBom dia!
Eu conhecia as duas começadas por "V", embora com outros significados.
EliminarBom dia!
Só conhecia o XARINGAR...
ResponderEliminarJá não é mau..:-)
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