A PÊRA
Há um momento na meia-idade
em que ficamos aborrecidos, irritados
com a mediania do nosso espírito,
assustados.
Nesse dia, o sol
arde intensamente,
acentuando a nossa desolação.
Acontece de forma subtil, como uma pêra
que se estraga de dentro para fora,
e é possível que só nos apercebamos
quando já não há nada a fazer.
Jane Kenyon, in Uma só carne com a noite (Vasco Gato, trad.)
É um bocadito desanimador...
ResponderEliminarContinuação de boa semana:))
A pêra é malsã..:-)
EliminarBoa noite!
Não conheço esta poetisa. Gostei deste poema, talvez... realista.
ResponderEliminarBons meses de primavera!
Em conta e natural.
EliminarRetribuo!