segunda-feira, 10 de março de 2025

Filatelia CXXIII

 

Tirando as primeiras impressões filatélicas, de alguma qualidade, que foram produzidas nos E. U. A., os países da América do Sul, pela sua dependência económica, só mais tarde vieram a fabricar os seus próprios selos. São normalmente séries estampadas em papel de fraca qualidade e com desenhos, normalmente, muito toscos e, no geral, de estética que deixava muito a desejar. Argentina, Brasil, Colombia, por exemplo, estão aí para corroborar o que afirmo.


Estas características contribuiram também para a proliferação de muitas falsificações, umas melhores que outras na sua execução, que andam no mercado filatélico.
Em tempos já muito recuados, comprei a preço em conta e modesto o que seria um exemplar do nº 7 (Yvert) da Argentina (1862-64), novo sem goma. Apresentava aparentemente um erro (71 pérolas) que o classificaria como nº 7a (e ou 7d), atribuindo-lhe o catálogo francês de 1994 um valor significativo de 17.500 francos franceses (cerca de Esc. 525.000$00 portugueses).
Nunca acreditei muito nestes valores. E, aproveitando a ida de uns amigos a Buenos Aires, pedi-lhes que colhessem uma opinião abalizada numa loja filatélica da especialidade. Realmente, o selo era falso. E o seu valor era meramente residual.                                         

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