quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Antologia 21



Outros locais, outro meio. Mas deixando Fayard pela Gallimard, Simenon não muda de estilo. Ele segue o seu plano.
Seria sobrestimar realmente a influência  de um editor atribuir-lhe um tal poder sobre o mecanismo de criação de um dos seus autores. Principalmente quando este tem a força de carácter e a personalidade de um Simenon, mais inclinado a imaginar a sua obra do que a debruçar-se sobre as teorias da sua escrita. Contrariamente ao que inventaram esses ensaístas muito franceses que as classificações dão como seguras, não há uma época Gallimard, entre a época Fayard e a época Presses de la Cité, como se costuma dizer dos períodos azul ou rosa de Picasso.

Pierre Assouline (1953), in Simenon (pg. 296).

6 comentários:

  1. Lamentando muito a minha pouca cultura geral e literária, tenho de admitir que até Georges Simenon ainda eu vou, devo ter ali na minha estante 'secundária' de livros lidos e relidos, que tenho numa outra divisão da casa, um ou dois livros deste escritor. Agora, essas épocas que escreveu em itálico e diz terem algo a ver com certos períodos da pintura de Picasso...é que, para ser honesta, tenho de reconhecer que não chego lá.
    Fazer o quê?- Quem tem, tem, quem não tem, não pode dar... :(

    Um bom dia, isso eu tenho, e posso desejar-lhe. :)

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    1. Na minha perspectiva, Simenon é sempre uma boa opção de leitura. Maigret, no policial e os "roman dur", por exemplo, na ficção em geral, para mim, que ando com fastio de prosa.
      Picasso teve fases de pobreza, assim houve alturas que só tinha tinta azul, outras, só rosa - daí as fases.
      Votos que retribuo para o seu dia.

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    2. Como me pareceu detectar um pouco de desagrado, quiçá, até constrangimento, no 'tom' da sua resposta, prometo que a partir de hoje vou deixar de me minimizar fazendo referência se estou por dentro ou por fora dos temas que abordar. Não quero correr o risco de ser banida deste espaço. Palavra de escuteira!

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    3. Neste ponto enganou-se: não houve desagrado da mimha parte.
      Saudações cordiais.

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  2. Gostei bastante desta biografia quando a li. Já quanto aos períodos da sua escrita, não sei. Para mim, Simenon escreveu os Maigret e os outros. Gosto de todos os Maigret que li; dos outros, só de alguns.
    Boa tarde!

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    1. O livro foi-me emprestado por H. N., e estou a lê-lo com agrado.
      Variando embora de gosto, creio que nunca dei por mal empregue a leitura de Simenon.
      Boa noite.

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