É no mínimo curioso constatarmos que, se aqui há 30/40 anos, os professores se queixavam do desemprego e de não arranjarem colocação nas escolas, hoje em dia é a falta deles que é notícia. Passou-se pois ao inverso, numa espécie de mundo às avessas.
Convém lembrar, entretanto, o título de um livro de Marçal Grilo (1942), que este publicou já depois de ter deixado de ser ministro de Educação ( pudera!.. ): Difícil é sentá-los. Bem significativo! E catártico.
Do alto da minha ignorância, atrevo-me a apontar algumas razões para a escassez de docentes:
- Profissão pouco atractiva e mal remunerada, inicialmente.
- Barbarização e selvajaria de muitos alunos que chegam às escolas. Indisciplina reinante nas salas de aula.
- Dificuldade e altos preços de aluguel de casas (ou quartos), quando há necessidade de deslocação de docentes.
- Aumento exponencial de baixas entre professores por dificuldades psicológicas decorrentes.
São questões importantes as que levanta, Margarida.
ResponderEliminarEu próprio também me apercebi cedo que não teria vocação para ensinar, sobretudo por alguma impaciência natural, de feitio.
E, como de algum modo refere, o meio social em que convive predestina, de forma muito forte o modo de ser e educação de uma criança, para além de alguma contribuição doméstica.
Também recordo, vivamente, professores que impunham uma disciplina natural nas aulas; e outros que eram um desastre...
Um problema cimplexo, sem dúvida...
Bom dia.
Errata:
ResponderEliminarquis escrever "problema complexo".