domingo, 19 de setembro de 2021

Em sequência, imagens e algumas palavras em volta



Não posso dizer, e ao que observei, que a repercussão à morte de José-Augusto França (1922-2021), na blogosfera, tenha sido muito intensa. Sobretudo se a compararmos com alguns desaparecimentos de outras figuras menos significativas e até em relação a óbitos recentes de figurantes estrangeiros. Embora com extensa bibliografia, o historiador de arte era uma personagem discreta - creio. O que talvez explique o facto.



Para lá da ficção, estudos e memórias, eu gostaria de destacar, da sua obra, a direcção e edição de 5 números de uma revista literária de grande qualidade e de vanguarda que ele editou entre 1951/6, e que por vezes, colectivamente, é apelidada de Córnios. A BNP, em Dezembro de 2006, de forma oportuna fez uma mostra documental e publicou um caderno bastante significativo, que teve a colaboração do próprio José-Augusto França. 



6 comentários:

  1. Também me surpreendeu o relativo silêncio sobre a morte de José-Augusto França. Era um homem cultíssimo e que escrevia muito bem. Não conheço a publicação que menciona. Bom dia!

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    1. Incultura ou inveja podem talvez ajudar a explicar omissões...
      A revista-livro de 5 números tem colaborações e artigos-ensaios muito bons.
      Bom dia.

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  2. Os factores para o silêncio sobre a morte de José-Augusto França podem ser vários; alguns já aqui mencionados. Mas apenas demonstram a pequenez das mentalidades...
    Quando não é dado destaque a um vulto como José-Augusto França, é mesmo muito mau sinal e deixam-me triste, mas por outro lado, não surpreendida!

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    1. José-Augusto França, realmente nunca foi estridente, que é o que a "mainstream" desmiolada aprecia e reconhece. É a triste realidade dos factos. Depois, a ignorância é grande...

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  3. Esta revista é muito boa e foi muito inovadora.
    Quando as pessoas estão doentes muitos anos, é como se tivessem tido uma morte antecipada. Não é o primeiro caso em que isto acontece.
    Acho que a comunicação social deu relevo ao falecimento de JAF.
    Bom dia!

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    1. É verdade, houve uma grande ausência, como a de Eugénio e a de Agustina - esta situação paga-se cara. E JAF não daria uma primeira página impressiva...
      Boa tarde.

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