quinta-feira, 1 de março de 2018

Soma e segue


Mais duas livrarias que fecham portas, em breve. A livraria Miguel de Carvalho, em Coimbra, e a Pó dos Livros, às Avenidas Novas, em Lisboa, no final deste mês de Março de 2018.
Espaço para lembrar a famigerada Lei das Rendas, e a inefável boneca de louça Cristas, sua responsável...

15 comentários:

  1. É sempre uma grande tristeza saber disso:(

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  2. É notório que as grandes superfícies vão acabando
    com o "pequeno" e médio comércio. Eu pelo menos
    em Lisboa noto isso. São os novos tempos!
    Boa noite.

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    1. Claro, as grandes superfícies ajudam...
      Mas a Olisipo, em breve, a Pó dos Livros, a deslocação da Artes e Letras e até o meu alfarrabista de referência, que terá de se mudar em Setembro, graças à legislação da sra. Cristas, promulgada quando esteve no governo anterior.
      Uma boa noite, também.

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  3. Li o que vem num jornal sobre essa livraria de Coimbra. Diz o livreiro que deixou de ter público e que a política cultural de Coimbra é a (principal) causa. Daí passar ao fuzilamento de Cristas parece-me um grande passo, tanto mais que a atual lei das rendas ainda não é suficientemente compensadora para milhares de proprietários de imóveis. Teve, sim, um efeito de choque em zonas onde as rendas eram mantidas, por legislação medieval, absurdamente baixas. Mas, se é assim tão má, temos há vários anos um governo e uma maioria no parlamento que já podiam ter mudado essa lei.
    Desculpe o desabafo "liberal", mas não podemos fingir que a decadência do comércio livreiro, que já tem muito e muitos anos, resulta desta lei que tem meia dúzia de anos (e, na realidade, foi apenas uma alteração a outra, do governo/parlamento socialista anterior). As pessoas compram poucos livros, a maioria dos que se vendem são lixo e muitos "livreiros" não são verdadeiros empresários-comerciantes, por muito que gostem de livros, mas apenas amadores que não sabem fazer contas.

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    1. Não estarei em total desacordo consigo mas, é evidente, multiplicar, de um ano para o outro, uma renda de 1000 para 4000 euros é um abuso ou prepotência. Que a legislação legalmente permite.
      E, depois, depende da perspectiva: senhorio ou arrendatário.
      Decadência do comércio livreiro, talvez em qualidade, do que se publica e de quem atende aos balcões. Mas continuam os negócios de fusões das editoras e há livrarias que se aguentam bem, sobretudo se têm loja própria.
      Continuação de boas férias(?).

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  4. Tenho pena pela Pó dos Livros. Tinha uma parte de livro usado onde se encontravam muitos livros esgotados.
    Bom fim de semana!

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    1. Eu não ia lá muito, mas temos uma amiga que era cliente fiel da livraria, e que gostava muito do ambiente e conteúdos...
      Em tempo: se puder, não perca a crónica de J. Pacheco Pereira, no Público de hoje, sobre o assunto - muito elucidativa e pertinente.
      Boa noite!

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    2. Vou lê-la. Obrigada.
      Bom domingo!

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  5. Foi um gosto..:-)
    Retribuo, com estima!

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  6. Livreiros independentes (sem Cristas): http://observador.pt/especiais/livrarias-independentes-uma-especie-em-extincao-e-voce-onde-e-que-vai-comprar-o-proximo-livro/

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    1. Obrigado pela indicação do texto, que já li. Pacheco Pereira escreveu uma crónica interessante sobre o tema.
      Mas, pelo menos, no caso de três alfarrabistas - que eu conheço melhor - o fecho ou mudança deve-se à subida excessiva da renda.

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