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Não sou grande conhecedor de entremezes nem de folhetos de cordel. Tenho, sim, vários folhetos de poesia do séc. XVIII, e outros de José Daniel Rodrigues da Costa, já do séc. XIX. Os primeiros entremezes parece terem tido origem nos sécs. XIV/XV. Rui de Pina fala deles na sua crónica sobre D. João II. Segundo Luiz Francisco Rebello, a palavra portuguesa entremez provém do francês "entremetz".
Quando me ofereceram, ontem, por um preço módico, estes dois folhetos que se reproduzem, não resisti a comprá-los. Após leitura ligeira, fazem-me lembrar pequenos "libretos" de revista à portuguesa, "avant la lettre". Não têm grande qualidade literária, nem indicam os nomes dos seus autores, mas são divertidos. Têm 16 páginas, cada um. E a tipografia, onde foram impressos, é a mesma (Typ. de Mathias José Marques da Silva, na Rua do Ouro, em Lisboa). Creio que, pelo menos um ("Novo Entremez/ intitulado/ O Gallego Lorpa e os Tolineiros."), terá algum interesse sociológico sobre o período em que foi editado.
Muito engraçado. Não conhecia. E, conforme refere, com interesse sociológico. Quem compraria estes folhetos, num país em que a larga maioria da população era analfabeta?
ResponderEliminarSão sempre os mesmos,c.a...
ResponderEliminarMas deve dizer-se, também, que havia, então,muita leitura colectiva. Havia o gosto da partilha.