Era no sábado de Aleluia que se queimava o Judas na Cidade, ao meio-dia. E, pelo menos, em dois locais: na Rua da Raínha e junto ao Mercado. A figura do Apóstolo traidor parecia um espantalho vestido de roupas velhas e gastas, suspenso de um arame, no meio da rua. Sempre com a saca dos trinta dinheiros, numa das mãos de madeira, coberta por luva tosca. O costume era antigo e passou também para o Brasil. Nessa época, porque o dinheiro gasto na "Queima do Judas" era contado, espalhavam-se, pelas roupas garridas mas gastas do boneco, pequenos sacos com sal para provocar estalidos fortes quando o fogo lhes chegasse. Mas a saca dos trinta dinheiros era o sítio onde se concentrava maior quantidade de sal, e estava bem presa ao "esqueleto " de Judas, para arder até ao fim. E, no final, eram palmas que nunca mais acabavam. Neste sábado, na Cidade, li que vai haver "Queima de Judas", mas à noite, às 22 horas. E, se calhar, usando mais sofisticadas tecnologias...
Muitos parabéns, Sandra!
Há 6 horas
E poderá saber-se quais cidades, cá e no Brasil?
ResponderEliminarCom certeza, Luís.
ResponderEliminarEm Portugal, Norte e Centro: Ponte de Lima,Águeda, Figueira da Foz, entre muitas outras. Acho que,no Sul, não existe, ou já não existe, a tradição.
No Brasil,pelo menos, na Baía, Itu e Sergipe.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarGrato pelo esclarecimento. E acertemos: agradecimento contínuo e eterno,de hoje em diante. Para evitar redundâncias e poupar papel. . .
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