sábado, 28 de setembro de 2024

Divagações 197



Talvez por sermos, sobretudo agora, um país geograficamente pequeno, quase sempre fomos um povo de alma reduzida, desconfiada e invejosa, por onde sobressaem alguns gigantes: o infante D. Henrique, D. João II, Afonso de Albuquerque, o marquês de Pombal...
Até em coisas corriqueiras escondemos aspectos básicos de elementar saber, com medo de nos copiarem a receita e perdermos o negócio. É o caso, por exemplo da "discreta" Sogrape, que nunca revela as castas de que fez os vinhos, ainda que anteriormente, elas constassem, noutros produtores mais descomplexados, seguros de si, e que ela absorveu entretanto. É o caso do Planalto, branco, Douro, que fora da Casa Ferreirinha. 

Nota pessoal: por vias travessas, aqui vai o lote das castas, à partida, que a Sogrape não queria revelar - viosinho (25%), malvasia fina (20%), gouveio (20%), rabigato (10%), códega do larinho (10%) e moscatel (5%). Assim fica desfeito este mistério enológico de polichinelo.

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