Não sendo caso único, nem
recente, existem muitos exemplos de confusão entre um trabalho sério de um
Historiador e de um bem intencionado contador de historietas, por cá e pelo
mundo fora.
São normalmente narrativas, quiçá
de fundo histórico, em que abundam os pormenores físicos, socais, culturais e
de personalidades, e parecem ter saído de um baú imaginário de boas vontades e convicções.
Obras, como a reproduzida acima,
embora pretendendo enriquecer o trabalho sobre uma época importante da Cultura
da Alemanha, revelam apenas imaginação em detrimento de um trabalho de rigor
próprio de Historiador.
Senão vejamos, esta afirmação, entre
vários outros registos sobre episódios de quotidianos, sem fonte documental, p.
93:
Chegado a este ponto de leitura
e, confesso, um pouco cansada de tanto pormenor irrelevante e pouco
convincente, resolvi abandonar a leitura do restante “tijolo” de 653. Resta
acrescentar que nem as Notas, das páginas 481-612, nem a Bibliografia e Fontes
contribuíram para me convencer de estar a ler um trabalho sério historiográfico.
Lamento imenso, porque a época bem
merecia um Historiador sério a debruçar-se sobre o Pensamento e a Literatura da
Alemanha no período em apreço, em que muita confusão se encontra entre “Sturm
und Drang” – ["Tempestade e Ímpeto"], Klassik [período clássico] e
Romantik [período romântico].
Fica para uma outra altura.
Post de HMJ
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