segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Um CD por mês (9)


Contradigam-me se eu estiver errado, mas tenho como certo que o piano é o instrumento musical privilegiado, por excelência. Daí talvez algumas etiquetas discográficas terem criado colecções dedicadas aos grandes pianistas do século XX. A Philips não se excluiu desta iniciativa, editando uma série que abarca um grupo seleccionado de mais de 70 intérpretes que inclui, entre outros, Arrau, Brendel, Cortot, Gieseking, Gilels, Gould, Lipatti, Maria João Pires, Richter, Schnabel, Solomon. E Jorge Bolet (1914-1990).

Com Brendel, o pianista cubano Jorge Bolet é o meu preferido para ouvir a obra de Franz Liszt (1811-1886). Se o canadiano Lortie ou o húngaro Jandó me agradam, as execuções do australiano Howard são, no meu ignorante parecer, para esquecer, simplesmente.


A carreira de Jorge Bolet não foi linear nem isenta de percalços e de críticas, pelo seu aparente e excessivo virtuosismo. E apenas em 1974, depois do célebre concerto no Carnegie Hall, a excelência e qualidade do seu profissionalismo foi de facto reconhecida. Merecidamente, aliás.


O seu repertório era amplo, mas privilegiava sobretudo Bach e Chopin. E Liszt, naturalmente.

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