Vai de vento em popa e de feição, a apetência para pratos de maior substância e, sobretudo, para tintos, que os vinhos brancos já os passei para a segunda fila, na garrafeira. Muito embora, a meio da semana, que hoje termina, ainda nos tivessemos despedido das caldeiradas de peixe (essa, de cação e raia), em muito boa e amiga companhia. Que trouxera consigo, para nos ofertar um elegante Ponte Pedrinha, Dão branco, que nos ficou na memória.
Mas com o vento e a chuva, os tintos chegaram-se à frente, e fazem-se desejar. A alheira de caça do almoço, de hoje, era muito boa, e o desconhecido Fráguas 2012, uma incógnita. Dão tinto e reserva, de bom preço e bom lote (Touriga, Tinta Roriz e Jaen), nos seus 13,5º, mostrou uns taninos ainda não domados, que lhe asseguram boa longevidade. Acompanhou muito bem, na sua irrequieta juventude, a dita alheira transmontana. Mas o melhor ainda estava para vir:
AVP deixara-nos por encetar um queijo de Caldas da Felgueira, porque, depois da caldeirada da semana que passou, tínhamos saboreado um de Azeitão. Hoje, foi a altura do Seia, magnífico. Que se bateu, lindamente, com o Fráguas tinto, em pé de igualdade e galhardia cavalheirosa.
Ah! terras do Dão, que vos falta ainda um Fernando Nicolau de Almeida (1913-1998) para criar um segundo Barca Velha! Matéria prima não vos escasseia, porém!...
com os melhores agradecimentos, renovados, a AVP.