Gradual e normalmente, com o tempo, a minha correspondência foi-se reduzindo ao mínimo e/ou ao que seria educado e obrigatório, ou meramente formal. Mas dele, amigo meu, reencontro-a do passado, para mim, a cada passo. em livros, gavetas, nos sítios mais improváveis. Postais ilustrados, sobretudo, da Itália, de França, Espanha, Alemanha, até da Lituânia, dando notícias ou narrando algum episódio pitoresco. De Portugal nem se fala, um número imenso de sinais e imagens.
Através deles reunidos e agrupados se poderia, de algum modo, reconstituir o percurso de uma vida e seus estados de espírito.
Pelos menos poder-se-iam fazer itinerários de viagens quando as pessoas escreviam quando viajavam. É cada mais difícil fazê-lo porque não se encontram postos de correios ou quando os há têm longas filas...
ResponderEliminarBom sábado!
É verdade o que diz.
ResponderEliminarBom fim-de-semana.
Fazer itinerários de viagens, creio que ainda é possível, através das fotos que as pessoas dão a conhecer ao mundo nas redes sociais, FB e Instagram em particular. O que antes significava uma amabilidade, um gesto de amizade, transformou-se, na maioria dos casos, num exercício de narcisismo. Também eu tenho saudades dos postais.
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