" Muitos anos depois, em 1965, quando o grande político inglês estava a morrer, o ditador português queixou-se a Franco Nogueira de que Churchill «não podia com ele» - tinha-lhe uma verdadeira «aversão». Não admira. Entre as duas personalidades não podia existir maior contraste. Churchill era emotivo, truculento, impulsivo e generoso; Salazar, frio, reservado, avaro e controlado. Churchill podia ser bruto, mas era também capaz de revelar grande compaixão, inclusivamente para com os sofrimentos do inimigo. Salazar era comedido e sibilino e não se deixava facilmente comover. O chefe do Governo português era um asceta que levava uma vida monástica; Churchill, um sibarita e um gregário. " (pg. 454)
Bernardo Futscher Pereira, in A Diplomacia de Salazar (1932-1949).
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