Em entrevista a Le Monde (25/7/2025), o escritor austríaco Peter Handke (1942), referindo Georges Simenon (1903-1989), diz: "O que eu recrimino a Simenon, quando ele me faz chorar, é que ele me obriga a sentir-me muito só. Os seus livros são demasiado curtos. Depois de os lermos, estamos tramados. Emociono-me enquanto os leio, mas o que provoca ele com essa minha emoção? Normalmente, deve-se fazer frutificar uma emoção, mas ele não o faz nos seus livros. Entretanto, desde que ele começa a contar uma história, eu tenho sempre confiança nele."
Palavras que eu tenho alguma dificuldade em interpretar, até porque não experimento este tipo de sentimentos exagerados ou deslocados numa leitura normal de livros do escritor belga.
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