Tenho vindo a ler, paulatinamente, um grosso volume de Estudos em homenagem a Jorge Borges de Macedo (I.N.I.C., 1992), composto por mais de 30 trabalhos, sobretudo de História, de professores universitários. De conteúdos diversificados, alguns muito interessantes, eu destacaria uma pequena nota (13), inserta na página 104, do trabalho O domínio e o senhorio no couto de Alcobaça do professor Pedro Gomes Barbosa (1951), que nos informa, na prática, que a agricultura e a pecuária se podem congraçar com a impressão de livros... Vou, então, transcrever a referida nota de pé de página:
" Um documento sobremaneira importante é a carta de doação, infelizmente não datada (mas que pelo tipo de escrita pode ser colocada entre os finais do século XII e os primeiros anos do seguinte), que Fernando Anes faz ao mosteiro de Alcobaça e pela qual lhe doa uma granja em Cós, que ele próprio tinha mandado fazer, e com ela três vacas com o seu touro, seis bois, quatro porcas com três crias e o seu berrão, e duzentas e vinte e seis ovelhas, sendo o lucro da exploração dessa granja destinado exclusivamente à feitura de livros (CR, Al., m. 22, nº 24)."
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