Aqueles que usam, de forma
pejorativa, a palavra velharias ignoram o gosto, o saber e a persistência que
implicam o seu estudo, a sua conservação e colecção.
Por manifesta falta de tempo dedico-me
apenas aos livros, mas gosto de porcelanas, embora menos da faiança. Como nada sei sobre a matéria,
tenho lido com muito interesse os “posts” de Maria A. no seu blogue: Arte,
livros e velharias. E aqui lhe deixo a terceira imagem de uma terrina que,
segundo consta, sempre fez parte da casa de APS. É uma terrina sine notis, i.e., sem lugar, produtor ou
ano de fabrico.
Talvez Maria A. se encante com a
peça, velhinha e gasta.
Também sei que existe, entre os
verdadeiros amantes de “velharias”, uma fraterna cumplicidade na partilha de
descobertas.
Assim, retribuo os gratos
ensinamentos de Maria A., mostrando-lhe a imagem de “meu” Germão Galharde. O
livro, infelizmente incompleto, adquiri-o há uns meses a um bom preço. Ocupou
os meus dias durante semanas, lendo e trabalhando, porque o restauro implicou a
intervenção no papel e, depois de novamente cosido, a fixação do miolo na
encadernação original após a limpeza do pergaminho. Como remate dos
ensinamentos, entretanto alargados, aprendi a fazer uma caixa de guarda, pensando
nos amantes vindouros de “velharias”.
Por fim, e para quem quiser ver
ou ler o livro, com o incipit: Nom he
pequena a obrigação de louuor, de Justiniano Lourenço, na íntegra, poderá
consultá-lo através da Biblioteca Nacional Digital (BND), cuja cópia digital
tem o registo: purl.pt. 16678.
Post de HMJ, dedicado a Maria A.