quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Apontamento 63: Alteridade




A compreensão do “alter”, ou seja, do outro, implica vontade e conhecimento. Houve tempos em que as Viagens serviam para completar a educação inicial, abrindo “Mundos” ao espaço limitado e conhecido.

Até os antigos regulamentos dos ofícios reconheceram o “valor acrescentado” de uma aprendizagem enriquecida por uma “carreira de deambulação” por espaços geográficos alargados. Ganharam os próprios oficiais e os países, de origem ou de destino e acolhimento. Basta lembrar os impressores do Centro da Europa que, espalhando a boa nova e o suporte da tipografia para a Humanidade, se fixaram nos países do Sul.

Ganhou o país de origem e o de destino numa partilha de conhecimento ao serviço da Humanidade.

Lamentável é que esse passado parece não ter deixado qualquer suporte mental quando comparado com o turismo de massa, que nos cerca, sem nenhum aproveitamento espiritual visível.

A imagem acima, com o sol a despontar, numa manhã serena em Lisboa, serve, apenas, para manifestar que a “alteridade” é um processo longo de aprendizagem do espaço – humano – em que os “ganhos” não entram na contabilidade da beleza interior acrescentada.

Com os agradecimentos aos homens do século XVI que souberam dar uma lição de vida tão intensa, sem abdicarem da sua própria personalidade ou da sua cultura de origem.

Post de HMJ


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