quarta-feira, 4 de julho de 2012

A flora nativa



Em Portugal há ervas... e ervas, ou seja, há ervas daninhas e normais. E há, ainda, relvas, espécies mais mimosas e cuidadas, que são usadas, por exemplo, nos campos de golfe ou nos relvados de futebol.
Vem isto por associação, porque me importa destacar neste caso, um processo que teve antecedentes e se prende com as licenciaturas vertiginosas, tipo turbo, ou a jacto, pela celeridade com que são concluídas. Parece que a culpa é de Bolonha, que permite concluir um curso universitário em apenas três anos, e com atenuantes... por exemplo, de currículo baseado na experiência profissional do aluno, avaliado pelos Mestres dessa instituição. Que permite acelerar ainda mais e reduzir esses 3 anos, para apenas 1.
Com alguma defesa e intransigência pessoal, até porque concluí o meu curso, lentamente, gostaria de destacar dois pontos essenciais, conclusivos e sérios:
1. a ética muito singular de algumas das universidades portuguesas. E de alguns "alunos" persistentes, mas muito apressados.
2. o facto de não ter havido grande evolução na mentalidade portuguesa, pelo menos, desde o séc. XVIII: todos os lusitanos querem ser doutores ou engenheiros, mesmo que à pressa. Para depois serem tratados por Excelência...

3 comentários:

  1. É mesmo uma questão de mentalidade. Há muito português que olha depreciativamente para quem não é licenciado. Acho que este é o principal mal. Outro é dessas universidades que perante casos destes deviam ser encerradas. Que raio de currículo é aquele que permite a um candidato-analfabeto fazer o curso em um ano?
    E terceiro, dos candidatos a alunos ou dos alunos.

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  2. E ainda a procissão vai no adro. Isto começou com o Sócrates, mas obviamente que era o começo.
    O Relvas começou por ameaçar a jornalista do Público (agora ex-jornalista)...
    Isto e a política do salve-se quem puder e o jornal vai vender mais uns exemplares durante uns dias.

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  3. Há realmente um encarniçamento do Jornal, que terá algo de corporativo, mas os factos são indesmentíveis. Então as declarações televisivas do Sr. Damásio, da U. Lusófona, foram uma autêntica "dramédia" patética...Já nem há vergonha! Não sei se o Conselho de Reitores não deveria tomar posição, porque cada vez isto vai sendo mais um "fartar vilanagem", e as Universidades perdem todo o seu prestígio, com casos sujos, como este.

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