sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Bibliofilia 200



Completam-se, hoje e com este poste, as duas centenas de números desta temática, iniciada em 1 de Dezembro de 2009, com a apresentação de um folheto muito raro de poesia. A autora, Mariana de Luna, natural de Coimbra, editou em 1642 esta pequena obra (Ramalhete de Flores...) em honra de D. João IV e em louvor da Restauração. Na segunda centúria da bibliofilia, escolhi as Rhytmas de Luís de Camões, o segundo de cinco volumes organizados por Luís Francisco Xavier Coelho, que inclui a obra lírica (sonetos, canções...), impresso em Lisboa, no ano de 1779, na Officina Luisiana, baseada na edição promovida por F. R. Lobo Soropita, de 1595. Não sendo obra rara, esta colectânea camoniana, não aparece muito à venda nos alfarrabistas ou em leilões. E tenho-lhe estima, também por isso.



Inclusivas e generosas, ambas as edições contavam com cerca de 300 sonetos atribuidos a Camões. Se Hernâni Cidade, para a Clássicos Sá da Costa, foi também muito pródigo (ca. 200), Costa Pimpão foi mais escasso (166) na escolha e rigoroso nas atribuições dos diversos sonetos publicados.
Desta impressão camoniana  de 4 tomos em 5 volumes, de 1779/80, foi leiloado um conjunto completo (lote 668), em Novembro de 1989, pertencente à biblioteca de Aulo-Gélio Severino Godinho. A almoeda foi organizada pela Soares & Mendonça e o lote foi arrematado por Esc. 14.000$00.

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