sábado, 26 de julho de 2025

2 poemas de A. de A. M.



Do sol se chega
ao nada

tão vibrante a luz
que se estilhaça

e fere e por momentos
quedam os olhos cegos,
vazio o pensamento.

É como foi o ver-te.

... 

É tão deserto agora o teu olhar
sem contornos de longe que dissessem
aonde o infinito ia acabar.


António de Almeida Mattos (1944-2020), in Além do Arco-Íris (Antologia Poética, 1989).

7 comentários:

  1. Respostas
    1. Um Amigo insubstituível.
      O retrato é muito realista, bom e parecido - Rodrigo costa, o pintor.
      Boa tarde.

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  2. Muito bonito.
    Um bom fim-de-semana:))

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  3. São dois poemas, mas acho que podia ser só um, dando, o segundo , continuidade ao primeiro.

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  4. Como são da mesma publicação é possível que o registo seja semelhante.
    Retribuo os votos.

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