segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Murilo Mendes (1901-1975)

 


Reflexão Nº 1


Ninguém sonha duas vezes o mesmo sonho
ninguém se banha duas vezes no mesmo rio
nem ama duas vezes a mesma mulher.
Deus de onde tudo deriva
é a circulação e o movimento infinito.

Ainda não estamos habituados com o mundo
nascer é muito comprido.



Murilo Mendes, in Os Quatro Elementos (1935).

5 comentários:

  1. Um belo poema de um poeta pouquíssimo conhecido entre nós.
    Boa semana!

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  2. Gostei do retrato que não não me lembro de ter visto.
    Bom dia!

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    1. Os poetas brasileiros, bons, têm sempre uma maneira muito própria de dizer as coisas. Nos anos 60 eu lia, com muita frequencia, a poesia de Murilo Mendes. Que morreu em Lisboa. Portinari fez bons retratos...
      Votos, também, de uma boa semana.

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