segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Considerações sobre a evolução de valores de livros antigos

 


É raríssima esta primeira edição (1596), com página de rosto em imagem acima, de O Lyma, de Diogo Bernardes (1530?-1594?), impressa em Lisboa, na oficina de Simão Lopez. Mas a segunda, de 1633, editada por Lourenço Crasbeeck, também não é frequente aparecer. Na minha biblioteca conservo, com grande estima bibliófila, um exemplar (in 8º), da terceira impressão (1761), que foi preparado na oficina lisboeta de António Vicente da Silva e que, não sendo rara, não surge com frequência à venda.



Entretanto, é minha convicção enraizada que, hoje em dia, se se compram mais livros, se acaba por ler menos e pior. E, por outro lado, nos livros usados (quase novos, às vezes, à venda...) os preços têm vindo a baixar, de forma consistente. Mesmo em livros antigos, anteriormente estáveis nos seus valores, se verificam quebras consideráveis de preços no mercado.
Vou dar um exemplo concreto do livro acima referido e dos preços atingidos no decurso de 13 anos. Assim:
2010 - O Lyma, 1596 - Liv. Manuel Ferreira (Porto)  : Leilão da Biblioteca Aureliano Barros..... 5.750 euros.
2021 -   "     "          "    - Cabral Moncada Leilões (Lisboa): ..... 3.400 euros.
2023 -   "     "          "    - Livraria Ecléctica (Lisboa) Junho de 2023, lote 19: .... 1.800 euros.

Quod erat demonstrandum!

Nota posterior: por mera curiosidade, venho acrescentar que a Livraria Coelho, no seu Catálogo 15, do já longínquo ano de 1932, tinha um exemplar desta 1ª edição, à venda, por Esc. 3.000$00.

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