quarta-feira, 28 de abril de 2021

Divagações 170



Por desfastio, colhi das estantes da sala o De Olhos Abertos, livro de Marguerite Yourcenar (1903-1987), e logo, ao reler as primeiras frases da escritora, a empatia  e o interesse se me reacenderam. Raramente, isto me acontece. Três exemplos me vêm ao espírito, de desencontros notórios, de autores ainda que estimáveis, mas cujos textos se me tornam enfadonhos e cuja leitura, quase sempre, não consigo acabar. São eles: Guilherme de Oliveira Martins que, no JL, escreve com alguma frequência; no mesmo jornal cultural e na Revista do Expresso, as crónicas de Gonçalo M. Tavares cujas glosas literárias me cansam imenso. E, finalmente, os textos no jornal Público, do político António Barreto, que, por princípio, nunca diz ou escreve nada de novo...

10 comentários:

  1. Gosto deste livro de MY. Por princípio gosto de livros de conversas, desde que os entrevistados tenham uma vida rica.
    Bom dia!

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    1. Do tríptico autobiográfico às "Memórias de Adriano", passando pela "Obra ao Negro", M. Yourcenar é uma escritora clássica de primeira água.
      Boa noite.

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    2. Esses, que já li, também moram cá em casa, para além do Denário de Sonho.
      Gostava de ter lido mais, mas o tempo que tinha reservado para as leituras está a revelar-se um desastre.

      Bom fim-de-semana.
      📚

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    3. Neste particular, há que ser parcimonioso e exigente, para não perder tempo com as ninharias efémeras.

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  2. Esse livro deve ser muito interessante, pois gosto de tudo o que li escrito por ela. Bom dia!

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    1. É um diálogo de grande qualidade, abordando a obra e a vida, com considerações amplas e pensamentos singulares.
      Boa noite.

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  3. Fui espreitar o início do meu livro, que tenho em edição Le Livre de Poche, e penso que se refere ao que ela diz sobre as recordações de infância da Selma Lagerlof.
    Fiquei com um dilema: releio este ou o da Selma? Já ambos mereciam uma releitura...

    Boa tarde.
    🌾

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    1. E não só. Tudo depende da natureza de cada um...
      Uma boa noite.

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  4. Livros de conversas e memórias exigem que a pessoa seja muito interessante, caso contrário a banalidade espreita a cada canto.
    ~CC~

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