terça-feira, 30 de junho de 2020

Impromptu (52)


De leituras que fiz recentemente dei-me a pensar que E. M. Forster (1879-1970) teria sido um pessimista objectivo ("Most of life is so dull that than is no thing to be said about it...", A Passage to India) e, por contraste, nota-se facilmente que Luis Spúlveda (1949-2020) gostava muito de viver ("Lembro-me sempre de que um dos meus dias mais felizes foi quando...", Uma ideia de felicidade).
Comecei depois a divagar e tentar distribuir alguns escritores, agrupando-os por maneiras (prováveis) de ser. Assim, cheguei a estas conclusões ociosas:
Kundera, Coetzee e Sebald - discretos, algo sorumbáticos, pouco faladores.
Marías, Magris - afáveis, comedidos, ainda que extrovertidos.
Steiner e Cioran - arrítmicos e tempestuosos, por vezes.
E por aqui me fiquei.

6 comentários:

  1. Acabei de ler Todas as almas de Javier Marías. Já li várias livros dele e muitas crónicas no El País, mas não o consigo classificar. Nem sei quase nada da vida dele e li poucas entrevistas dele.
    Bom dia!

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    1. Dizem-no o mais inglês dos escritores espanhóis, actualmente - é apenas uma pista!... Mas Sebald também parece relativamente fleumático.
      Boa tarde.

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  2. Fico à espera de mais autores... Bom dia!

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  3. Um estudo psicológico sui generis, que até pode ter alguma realidade,
    quem sabe?

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