segunda-feira, 27 de maio de 2019

Divagações 147


É expectável, por cá, que, durante uma semana, jornais, televisões, redes sociais e comentariado se desdobrem em interpretações metafísicas sobre o resultado das Europeias. Num barroquismo balofo e desmesurado que já nos vem, no ADN, desde o século XVII.
Entretanto, o jornal alemão Die Zeit titula, sucinto, qualquer coisa como: "O ataque do quarto das crianças", numa alusão expressiva e divertida à subida percentual surpreendente dos Verdes (Die Grünen) em relação aos "velhos" (ou maduros) partidos germânicos.
Por cá, talvez a mais expressiva subida tenha pertencido ao partido dos animaizinhos, mais do que justificada pelo aumento exponencial e enorme dos dejectos que vamos vendo pelas ruas portuguesas. Mas também pelo crescente espaço que, nas grandes superfícies, vai sendo consagrado às gôndolas dedicadas aos alimentos para animais...

10 comentários:

  1. Quando a abstenção é de 2/3 dos eleitores, não há vencedores.

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    1. O nosso empenhamento cívico sempre foi diminuto, que os portugueses sempre preferiram o futebol nesta matéria. Ou a praia.
      A sua é uma opinião que respeito, mas com que não concordo.

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  2. Entendo que como o mundo está, haja gente a votar nos Verdes, mas nos Animais... É demais para o meu entendimento.
    Boa semana!

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    1. Aparentemente, e pelo que HMJ me vai informando, os Verdes alemães têm-se reinventado, até no seu programa político. O que é positivo.
      Quanto ao nosso "pan" haveria que citar Sartre. Que dizia que quando preferimos os animais, é sempre em prejuízo dos homens...
      Bom dia.

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  3. Guardo a minha interpretação do PAN; vou esperar para ver que até agora não vi grande coisa e nem me dei ao trabalho de pensar neles como partido.
    Gostei da subida do BE e lamento a descida do PCP.
    Mas alguém já disse e com razão que esta abstenção não dá garantias. E eu digo que os portugueses são palermas, levaram o tempo a lamentar não votarem, comeram o pão que o diabo amassou, e agora que podem exercer o seu direito e também dever, não o fazem. Pensam talvez que não há retrocessos na história. Mas há.

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    1. Por entre o Sol e a Sombra das bancadas, centro-me na notícia: "160 mil votaram no PAN, em Barrancos nem um."
      É claro que estou do lado esquerdo do Guadiana.

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  4. Em vez de comentários prefiro numeros finais certos.A interpretação é de cada um. Sermões são para os crentes.

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  5. A percentagem da abstenção desceu em toda a Europa, menos em Portugal, mas hoje ao ver "A Mosca" na RTP-1, percebi como se resolvia o problema...
    Boa tarde!

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    1. Não vi o apontamento do Luís Afonso, mas também não sou apologista, apesar de tudo, do voto obrigatório, como acontece na Bélgica e na Grécia, em que os "abstinentes" são penalizados.
      Uma boa noite, também.

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