O azeite, virgem extra, tinha vindo do Esporão, os alhos eram bravos e picantes, a penca poderia ter vindo do Norte, como o verde tinto (alvarelhão, pedral e vinhão) viera de Monção. O lombo do bacalhau era da zona de Ílhavo, quanto à salga, e tinha entre 5,5 e 6 centímetros de altura, com lascas bem generosas.
Ele, sem jeito, no decurso de uma conversa, e a despropósito lançou para a mesa:
"Os minhotos são manhosos, os transmontanos, imperativos."
Isso é que foi uma Ceia de Natal, vulgo, Consoada, multicultural, embora dentro do mesmo país e de províncias paredes-meias. Se acaso tivesse à mesa umas azeitonitas pisadas , ou retalhadas, vá, oriundas do Baixo Alentejo já teriam um linguajar algo diferente. O que diria 'ele' dos alentejanos?
ResponderEliminarContinuação de Bom Natal!
O Alentejo estava representado pelo azeite da Herdade do Esporão (Reguengos de Monsaraz).
EliminarRetribuo os votos, cordialmente.
Então, onde passei a consoada: o azeite, extra virgem, era transmontano, particular, daquele que não leva nenhum conservante. O bacalhau estava delicioso, mas não sei onde foi salgado. E o vinho não me lembro de que zona do Douro era, nem do nome, mas gostei. Pode ser que ainda consiga saber.
ResponderEliminarNão conhecia esse provérbio. mas por Trás-os-Montes, «não há Dezembro valente que não trema.» E parece que por lá está muito frio.
Bom dia!
O bacalhau foi comprado na Manteigaria Silva - caro, mas excelente.
ResponderEliminarTambém eu não conhecia o ditado que refere.
E a cereja no bolo, da Consoada, foram uns Mexidos à moda vimaranense.
Boa terde!