quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Divagações 212

 

Um amigo de infância que faz anos e, felizmente, está bem.
Olho os números e constato que sou mais velho que alguns dos desaparecidos. Já ultrapassei, em idade, a vida dos meus pais, o que é, em si, uma sensação estranha, parecendo que, agora e depois, tudo é ficção aparente a que me falta realidade. A sobrevivência de favor (?) vai-se estendendo. Até quando, não sei. E, embora as competências vão faltando, vou conseguindo pensar atinadamente, em termos racionais, embora a memória, sobretudo dos nomes, vá passando por hiatos temporários, que não chegam bem a ser dramáticos, mas não ajudam ao resto.
Um amigo que faz anos...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Falar barato

 

Os ditos "jornalistas" lusos andam desesperados com a falta de assunto: falta-lhes o rádio-voz das criadas...

Revivalismo Ligeiro CCCXLVI

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

A tarde ficou assim...

 ...e, cada vez mais escuro, lá para as bandas do mar...



Mercearias Finas 213

 

Num simples (?) Cozido de Bacalhau, com todos, concentra-se a sabedoria gastronómica de séculos portugueses. Pioneira terá sido a intuição do pescador que, na Terra Nova, pressentiu a qualidade desse peixe grande de águas frias; depois, essa invenção criadora, com certeza, feminina, de o escalar e pôr ao sol. Houve quem, depois de o demolhar e secar, lhe juntasse batatas, cebolas, cenouras e um ovo cozido, penca, e temperasse com sal, pimenta, azeite e vinagre, alho cortado em miudinho - assim se fez um prato tradicional português, pouco a pouco. Natalício, sobretudo.
Que fica bem acompanhado com um vinho branco encorpado ou até mesmo com um tinto de Monção.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Bibliofilia 227

 


Não será rara nem cara esta obrinha de 48 páginas, em imagem acima, pois se trata de uma impressão  facsimilada de uma edição de 1918 (tiragem de 100 exemplares), que Edgar Prestage promoveu, tendo por base o original Craesbeekiano de 1658, dedicado à rainha D. Luisa de Gusmão (1613-1666).
Este meu exemplar é de 1940, integrado na colecção dos centenários da Restauração, que hoje se comemora, e foi organizado pelo prof. M. Lopes d'Almeida (Coimbra), mais tarde ministro da Educação.
Do texto se diz que terá sido ditado por João Rodrigues de Sá e Menezes (1619-1658), 3º conde de Penaguião, ao Padre Vicente de Guzman Soarez (1606-1675), que, por sua vez, o escreveu. E bem.



David Popper (1843-1913) : Tarantela


Adagiário CCCLXXXVI



 Homem da Beira* e besta muar, sempre têm coices para dar.


* Que me perdoem os beirões bem comportados e pacifistas.