Antes
de ser livro, é preciso que um impressor imprima um qualquer texto numa folha
de papel. A folha pode, solitariamente, continuar a sua vida, mantendo-se como
folha volante.
E
como qualquer vida tem um início, também as primeiras folhas saídas de prelos
portugueses têm uma data de nascimento. Neste dia, dedicado ao livro, gostaria
de apresentar, portanto, o “primeiro impresso português conhecido”, com data
aproximada de circa 10 de Abril de
1488, divulgado, em 1996, por João Alves Dias.
Summario das graças, ANTT
No
entanto, e para haver livro como o conhecemos hoje, era preciso que as folhas
se dobrassem – uma, duas ou mais vezes – para formar os cadernos, de maior ou
menor tamanho conforme as dobras. Depois de juntar os cadernos numa sequência
organizada, o conjunto do “livro” seria vendido, em cadernos, para ser
encadernado ao gosto do leitor.
Por
vezes, as pastas das encadernações, como a da imagem seguinte, eram feitas de
folhas impressas antigas, revelando, a investigadores atentos, persistentes e
dedicados, segredos bem guardados durante séculos.
BNP, Res. 91 P
Foi o que sucedeu, em 2012,
como ficou registado na seguinte notícia.
Para
todos aqueles que gostam de folhear, ler ou estudar livros, deixo a imagem de
uma pequena brochura que explica mais sobre a história do objecto que hoje se
pretende celebrar.
Post de HMJ, dedicado a JAD