Oficialmente, eu frequento 13 blogues. Três dos quais - creio - congelados ou findos, infelizmente, mas que conservo com estima, na minha lista de seguidor. Sabe-se, e é dos livros, que a maior parte dos blogues dura, no máximo, apenas 4 anos. A persistência (se eu fosse jovem, diria: resiliência) só por acaso resiste às contingências da vida. Por outro lado, há quem se inscreva como seguidor por emoção momentânea ou pensando na reciprocidade, num jogo ligeiro e mercantil de interesses. Se ninguém se tivesse "desarriscado" de seguidor do Arpose, eu já teria mais de cem seguidores, assim tenho apenas 99 (aqui, agradeço aos fiéis e estimados seguidores persistentes!). Que é uma boa conta, e capicua. Seis desertores eram interesseiros... Mas eu não lhes fiz a vontade, por variadíssimas razões pessoais, e eles "desarriscaram-se", cerca de uma semana depois de se terem inscrito. Porque, dos blogues que eu sigo, faço-lhes visita, diariamente, desde que haja coisas novas publicadas. Por fidelidade e coerência. Posso é não comentar.
Serei rigoroso: eu visito, com relativa frequência, mais quatro blogues portugueses, que me atraem pela sua qualidade, irreverência inteligente, pela naturalidade humana, riqueza de conteúdos, originalidade e interesses afins. Dito isto, e sem compromisso especial de benignidade, encontrei, num deles, esta frase, ontem (30/5/2017): O resto, isto é, quem aqui vem, fá-lo por "voyeurisme" voluntário. O re-comentário é do embaixador Francisco Seixas da Costa, no seu blogue Duas ou Três Coisas. E, tenho que dizê-lo: o Diplomata foi injusto, do meu ponto de vista. E redutor, na sua classificação totalitária. Eu sei que uma grande parte das visitas, que o seu Blogue tem, é também de alumbrados e deslumbrados (que devem frequentar as revistas róseas), gente que tem uma grande sede de ser lida, pelos comentários que faz, alguns iliteratos (bastará ver certos comentários), e uns (poucos) mas contumazes reaccionários cobardes e anónimos, que o Embaixador, numa enorme gentileza democrática, permite.
Mas também se pode ir a um blogue alheio por estima e afinidade, não só por voyeurisme. Por curiosidade intelectual ou, muito simplesmente, por misteriosas razões, entre as quais pode caber gostarmos de ler um português escrito, escorreito e bem esgalhado, que é algo raro nos nossos dias.
Mas também se pode ir a um blogue alheio por estima e afinidade, não só por voyeurisme. Por curiosidade intelectual ou, muito simplesmente, por misteriosas razões, entre as quais pode caber gostarmos de ler um português escrito, escorreito e bem esgalhado, que é algo raro nos nossos dias.
As coisas nunca são tão simples como os taxativos e mecânicos algoritmos. Há mais mundos - como disse, humanamente e para sempre, José Régio. Que nem sequer era sociólogo.