Se o italiano Enzo Castellari (1938), como realizador de cinema, nunca passou de uma posição secundária, e é pouco conhecido, não tenho dúvidas que o título de um seu filme (La polizia incrimina, La legge assolve), de 1973, encaixa, perfeita e premonitoriamente, numa série de telenovelas judiciais a que vamos assistindo, no presente. Numa demonstração da deriva irresponsável a que a Justiça, em muitos países, chegou. Os exemplos são incontáveis...
Boa noite!
Há 2 horas
Até nas coisas mais simples.
ResponderEliminarDois exemplos concretos, muito resumidos: um GNR contava que prendeu um ladrão. O ladrão saiu mais depressa do que ele, que ficou a preencher papéis!
Uma pessoa que eu conheço, chamou a polícia para atender um caso de violência doméstica. Acabou por ser chamado duas vezes, uma a prestar declarações na PSP e a outra a tribunal, sujeito a pagar multa se faltasse, com as despesas de deslocação, a seu cargo(uma vez que já não se encontrava no mesmo local) e depois de meses, mais de um ano, sobre o acontecimento. O meu conhecido e o polícia que foi ao local, estavam presentes no tribunal e o criminoso e a queixosa faltaram. O caso acabou por ser arquivado.
Resumindo: as leis e as montanhas de burocracia estão é a favor dos criminosos, dos banqueiros corruptos e afins...
Também eu, minha cara Isabel, tenho, da minha vida profissional, alguns casos perfeitamente kafkianos e muito deprimentes...
EliminarÀs vezes, até parecia que a vítima era o criminoso, e vice-versa.
Que a Justiça, pelo menos em Portugal, vai muito mal, disso tenho a certeza. Mesmo que alguns juízes argumentem com as burocracias processuais e as artimanhas dos advogados... E também ninguém lhe mede a productividade, infelizmente.
E como a Justiça está cada vez pior...
ResponderEliminarNão me parece que tenha a ver com a medição da produtividade, que não sei como se faz, mas talvez haja algum meio.
ResponderEliminarCom certeza que haveria... E as prescrições são frequentes e, às vezes, escandalosas.
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