sábado, 7 de dezembro de 2013

Herberto Helder


traças devoram as linhas linha a linha dos livros,
o medo devora os dias dia a dia das vidas,
a idade exasperada é ir investindo nela:
a morte no gerúndio


Herberto Helder, in Servidões (pg. 96).

7 comentários:

  1. Eu ainda procurei, mas já não consegui este livro. Tenho pena.
    Este poema é bonito.
    O medo impede-nos de viver. Mas há medos que não se conseguem afastar completamente.
    Não tenho medo de envelhecer; assusta-me a demência, que vem muitas vezes associada à idade.
    Desejo-lhe um bom dia!

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  2. E todos os dias, todas as horas...

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  3. E todos os dias, todas as horas...

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  4. É um pequeno-grande poema, ainda mais se pensarmos na idade com que foi escrito.
    Um bom fim-de-semana, Isabel!

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  5. É verdade, JAD, é sempre uma longa e diária despedida...

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  6. Grande poema. «Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida».
    Já que tenho de envelhecer - de há um ano para cá começaram a aparecer umas mazelas -, que não fique nem demente, nem sem mobilidade.

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  7. Salvo seja!
    Mas há que nos habituarmos, a pouco e pouco...
    Grande-pequeno-enorme Poema - quem "canta" assim, aos 80 anos, nunca será gago...

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